Bonfim

Um blogue de vitorianos

quinta-feira, março 31, 2005

O Vitória e o Convento de Jesus

No último Vitória - Benfica, as três equipas entraram em campo usando uma t-shirt que dizia "Defende o Convento de Jesus". Como as letras eram pouco vísiveis a partir de certa distância do relvado, o speaker de serviço lá explicou que o objectivo da acção era sensibilizar os setubalinos (e demais adeptos da bola, uma vez que o jogo passou na TV) para a necessidade de recuperação do monumento mais significativo de Setúbal.
Podemos discutir se o Vitória, ou um jogo de bola, devem estar associados a problemas extra futebolísticos. O facto é que existe uma ligação única entre o VFC e os setubalinos, espalhados por todo o lado e com diferentes sensibilidades políticas - como demonstra este blog. Também o Convento de Jesus representa uma importante referência para os sadinos em todo o lado. Por isso fará sentido disponibilizar os meios de um, chamando a atenção para os problemas do outro.

quarta-feira, março 30, 2005

Chelsea em Setúbal?

Há rumores que dizem que o Chelsea poderá vir disputar uma partida amigável em Setúbal:
"Embora ainda não seja oficial a presença do conjunto orientado por José Mourinho em Setúbal, o técnico dos ?Blues? disponibilizou-se para ?ajudar? o clube de que é associado há 42 anos, fazendo deslocar a equipa londrina à cidade do Sado.(...)Confrontados com esta possibilidade, os responsáveis sadinos confessam «nada saber» a este propósito e, garantem que o assunto «nem sequer foi equacionado em reunião de Direcção». Contudo, mostram-se «expectantes e disponíveis» para presentear os adeptos vitorianos com a presença do Chelsea no Bonfim, caso seja essa a intenção do técnico da formação londrina."

terça-feira, março 29, 2005

O que se passa com les bleu?

A selecção francesa está a ser uma verdadeira desilusão. Em vários jogos realizados nesta fase de apuramento, outros tantos empatos, e em casa.
No sábado, enquanto via o jogo da selecção nacional dava um salto até ao jogo dos gauleses que defrontavam os suíços. Pobres franceses, como estão tão distantes do jogo praticado pela maravilhosa equipa de há uns anos.
Sem Robert Pires, ao que parece incompatibilizado com o seleccionador, e sem o goleador mor dos "gunners", Henry, les bleu estão a somar uma série de resultados menos bons.
Amanhã vão a Israel. No primeiro jogo, em França, empataram e não é de admirar um triunfo israelita, verdadeira surpresa do grupo, que ainda no passado fim-de-semana travou, em Tel-Aviv, os irlandeses.
Não se deve esquecer que os jogadores com a estrela de David ao peito receberam no passado fim-de-semana uma visita especial, o nosso (salvo seja) treinador de momento - José Mourinho
Em suma, caso para dizer, quem viu e quem vê a França a jogar. Nem chega a ser uma sombra da selecção de 1998 e 2000.

O obstáculo eslovaco

O jogo de treino com o Canadá nem deu para aquecer. O jogo de quarta será mais difícil e determinante na caminhada para o campeonato do mundo. Todavia, penso que os eslovacos estão ao alcance da selecção das quinas.
Quarta-feira veremos se o complicado obstáculo de Bratislava é ultrapassado sem grandes dificuldades.

segunda-feira, março 28, 2005

Continuo a acreditar

Na sexta-feira passada, em Alverca, o Vitória voltou a empatar. Desta vez num jogo treino em que participaram alguns juniores e em que o Nandinho voltou a jogar após dois meses de recuperação de uma lesão. Pode ser que este regresso à equipa, ajudado pela paragem do campeonato, nos permita ganhar na Madeira ao Nacional. Dos habituais titulares só o Veríssimo, expulso contra o Benfica, não pode jogar.
Vamos ver se até domingo não acontece mais nada que destabilize a equipa. Como a negociação das renovações de Bruno Ribeiro, Meyong e Hugo Alcântara.

sábado, março 26, 2005

O IMAGINÁRIO

A Rádio, a amada Rádio, foi sempre a voz que me trouxe novas do meu Vitória. O domingo não era domingo sem a companhia da telefonia, numa inquietação de partilha de jogos numa mesma antena, quase sempre ocupada por aqueles a que se convencionou chamar de grandes. A escuta ansiosa. Nos momentos de ouro, o relato em directo do Bonfim, ou de um outro qualquer palco verde, por onde estivessem os nossos atletas. Dava por mim a compôr mentalmente as jogadas, o bailado com bola, a combinação elegante de uma coreografia maior. O jogo era assim vivido num imaginário colorido, dedicando ao Vitória artes da bola muito para além das suas capacidade. No conforto da fantasia, criava mentalmente jogadas irreais ao som do relato. Para mim só poderia ser assim, jogando o Vitória, até a cor da relva seria mais brilhante, acabava o jogo, e esquecia quase sempre o resultado, que o mais importante, aquilo que mais significado tinha, eram as exibições e estas, no inventado mundo dos jogos acompanhados pela Rádio, eram lindas e intermináveis.
Ficou-me o hábito, a mania. Ainda hoje é na rádio que encontro o conforto para o acompanhamento dos jogos do Vitória, ali continuo a viver num mundo outro, ali o Vitória joga como gosto, ali a imaginação joga a avançado centro, naqueles minutos sou o treinador e capitão da equipa, naqueles minutos o Vitória é o centro do universo. No simples relato do meu Vitória, imagino a atenção reverencial dos outros, aqueles que gostariam de ter um clube tão perfeito como o meu.
Discutisse agora o futebol do Vitória e era das minhas jogadas que falaria, defenderia com unhas e dentes o futebol bonito, lindo, do Vitória. Afirmaria, convictamente, quão eficiente é o seu futebol. Fosse necessário e recordaria jogos antigos, fantasias em arquivo, forma segura de confirmar essa paixão. Tivesse que provar e diria, sem hesitação, que não houve, não há, clube com um futebol mais perfeito. Não mentiria que tudo isso existe, realmente, no meu imaginário construido ao som da telefonia.

terça-feira, março 22, 2005

Pode regressar?

Depois de provar que as condições no Dragão não são as melhores seria possível o regresso de Couceiro a Setúbal para orientar o Vitória?
O Porto sempre podia ficar com o Rachão. Mais rachado do que está é quase impossível!

segunda-feira, março 21, 2005

25 minutos

O Bonfim esteve cheio no sábado à noite. Os benfiquistas seguiram o líder do campeonato até Setúbal e encheram as superiores e laterais (que esgotaram). Não haja dúvida que ver um jogo num estádio repleto de adeptos a incentivarem as duas equipas, é emocionante.
Do jogo, já o JMS fez, e bem, os comentários que eu queria fazer. Resta-me dizer que os 25 minutos iniciais da partida foram do Vitória, que entrou a pressionar o adversário que tinha a bola, numa demonstração de não querer que as "papoilas" trocassem a bola a seu bel prazer. Mas veio o lance da expulsão do Veríssimo e tudo mudou. Com a colaboração do treinador, na minha opinião. Posso não perceber nada de bola, mas a meu ver, Rachão, não soube refazer a equipa quando esta ficou a jogar com dez. A perder fez sair Meyong e fez entrar mais um defesa, Binho, um dos mais fracos do plantel. A 2ª substituição levou para dentro de campo Zé Rui, um jogador inconsequente e emprestado pelo Benfica. No final ainda se lembrou de tirar o Manuel José para fazer entrar Ricardo Pessoa. Mais um para a defesa!
Ficam-me na memória os tais 25 minutos iniciais, que espero ver estendidos aos 90 minutos do jogo. Isto se Rachão não acabar com o resto da equipa construida por Couceiro.

domingo, março 20, 2005

Para esquecer é melhor lembrar

Depois da evocação do "rei" nigeriano, importa recordar o "mágico" moçambicano.
Era uma grande e forte dupla de avançados!


Chiquinho Conde

Dois secos

O Vitória acumula derrota em derrota.
Começamos a ficar rachados com o Rachão.
A equipa entrou bem, mas afogou-se. O Veríssimo foi expulso e o Vitória tramou-se.
Um frango, acontece aos melhores, no fim do primeiro tempo, foi ouro sobre azul para as papoilas saltitantes. No segundo tempo, um golo com um toque infeliz do defesa vitoriano matou o jogo.
A forca da linha de água começa a aproximar-se se esta série de resultados não forem invertidos. Mais do que a Taça, importa a manutenção.
Na próxima jornada vamos ao Nacional. Espero que os ares da Pérola do Atlântico sejam favoráveis.

sexta-feira, março 18, 2005

Amanhã, mais um adepto com Adufe!

Amanhã à noite teremos mais um adepto a torcer pelo Vitória. O também verde e branco (nas horizontais) Rui, durante algumas horas, inverterá em 180 graus o sentido das suas riscas e puxará tanto (ou se calhar até mais do que nós) pela vitória do Vitória.
Os meus camaradas bloguístas Luís e António e o estimado Leonel trajarão as camisolas das papoilas saltitantes. Espero que, no fim, tenham uma desilusão.
No fundo, eles até vão gostar e aplaudir a vitória do Vitória. (Espero! Primeiro a vitória e depois o regozijo deles.)

quinta-feira, março 17, 2005

COISAS DA MEMÓRIA

Por vezes damos por nós agarrados à recordação de um momento, de uma história, de um pedaço da nossa vida. Num instante, despoletado sabe-se lá por que magias, abre-se a porta, liberta-se um pedaço da nossa memória.
Aqui há dias, no rescaldo da derrota com o Guimarães, dei por mim preso à lembrança de um certo campeonato num ano já tão perdido no tempo que nem mesmo a filigrana cuidada da recordação é já capaz de definir com exactidão. Pouco importa, que a coisa conta-se rapidinha sem necessitar dessas minudências de contabilista agarrado às coisas pequeninas, ao rigorzinho da data - "o excelentissimo senhor desculpará, mas faz toda a diferença, veja bem que poder-se-á falar aí no seu pensamento de impostos, de taxas, e o preceito aconselha que o faça com números exactos" - diria o senhor das contas, endireitando a mangazinha de alpaca. Valeria a pena dizer-lhe que nesta contabilidade de afectos o que é exacto é a falta de exactidão. Adiante, que afinal vinha aqui contar em duas penadas uma estoriazinha simples, coisas da memória, e estou aqui estou a ocupar mais espaço de antena que a tolerância imensa dos meus colegas aqui desta casa aceitará ou acaso a paciência dos leitores.
A verdade, sem mais rodeios, é que estava mal disposto (há que o reconhecer) após a derrota com o outro vitória. Perdido nestas contas de maus fígados, vejo-me de repente muitos anos antes, agarrado ao rádio na contagem feliz dos golos, dos números dessa vitória imensa, da felicidade da grandeza, do gosto de gritar "mais um", expressando a euforia do lauto repasto, assim foi o jogo com o Académico de Viseu: 6-0. Nunca tinha saboreado uma Vitória tão cheia do nosso Vitória em jogo da 1ª Divisão (como se chamava por esses dias). Barriguinha cheia, dei por mim imenso desse orgulho inchado, dessa tonteria ilusória da vitória infinita. A correcção veio célere, no jogo no estádio do Fontelo, o Académico ganhou, e ganhou bem. Na certeza dos tontos, este rapaz tinha entrado pelo estádio envergando o seu equipamento privado do Vitória. Entrei ufano muito cheio da certeza dos grandes, confiando na inevitabilidade de mais um jogo ganho, sentando-me olhando em volta como que dizendo: "eh rapaziada, preparados para mais uma abada?" exibindo aquele sorriso imbecil próprio dos gabarolas cretinos. No final, não me esqueço das palavras de um homem mais maduro, com muita vida vivida (adepto do Académico) que vendo o meu desalento, percebendo que aquela profusão de verde e branco nos trajes só poderia ser sinal de haver por ali um vitoriano, me disse: "não esteja triste, perdeu mas é um grande clube". Ali estava nas palavras daquele homem a compreensão do prazer de gostar de um clube, sobretudo quando perde. Nesse dia descobri que era, verdadeira e apaixonadamente, um adepto do Vitória de Setúbal

Esperanças

Vários colegas da repartição me perguntam pelo Vitória. Se eu acho que no sábado nos "aguentamos" com o Benfica. Os sportinguistas ainda estão esperançados num tropeção dos encarnados. Os benfiquistas tentam sondar, querem saber do momento menos bom que o Vitória atravessa. Lá explico que nos últimos jogos tem sempre faltado um, ou mais, dos titulares (ainda existem hoje em dia) mas que contra o Benfica espero que a equipa apareça recuperada e com vontade de mostrar serviço. Isto é: que marque golos e mais que o adversário.
Usando uma táctica conhecida: "que jogue para marcar e não sofrer golos". Já chega de jogar de maneira inversa.

quarta-feira, março 16, 2005

Eu também remenesço

O Quim, actual adjunto de Rachão, fez parte da equipa que na mesma época ganhou duas vezes ao Benfica.
Para o campeonato foi 1-0 (marcou o Toñito) e para a Taça foram 2-0 (marcaram Chiquinho Conde e Chipenda). Deste último jogo para a Taça (16/02/99), guardei o bilhete e durante algum tempo esteve em exposição na parede do cubículo, aqui na "repartição".

Reminiscências (I)

No Vitória jogou, até há poucos anos, um defesa conhecido por Quim. O Quim para além de ser sempre titular (e era o sub-capitão...) era considerado, pela massa associativa, como o bode expiatório da equipa. Por melhor que fosse a sua exibição a opinião dos "treinadores de bancada" era sempre negativa. Chegavam ao cumulo de o culpar pelo desfecho de jogadas onde não tinha estado envolvido. Uma vez lembro-me de ouvir dizer "Se o Quim tivesse ido à bola tinha sido 'papado'".

terça-feira, março 15, 2005

Amar o jogo e não o prémio

A propósito da discussão em torno de Mourinho e do árbitro sueco Anders Frisk, li no Telegraph um artigo de opinião onde se faz a crítica de que o treinador setubalino valoriza mais o prémio que o jogo. Se ele foi contratado por Abramovitch para atingir determinados objectivos valorizáveis no número de títulos conseguidos, então estamos a falar de ele ter sido contratado por "amor ao prémio". Se pensarmos que ele foi contratado para fazer subir ainda mais a qualidade do jogo da liga inglesa, através do espectáculo que é ver uma equipa a jogar segundo as suas concepções táticas, então falamos de ele ter sido contratado por "amor ao jogo". Como em muitas coisas, a verdade está algures no meio. Abramovich quis que a sua equipa tivesse o melhor treinador do mundo para que o jogo tivesse tal qualidade que lhe trouxesse prémios.
Mourinho não tem uma personalidade afável. Mas o futebol moderno, de alto nível europeu, pertence a equipas-empresa, com gestores aguerridos. Mourinho tem provado nos últimos anos que é o melhor nessa função. Diz Beckam: "no one has seen anyone like him before. He has got the confidence and arrogance but because he keeps the pressure off the players with the way he is, he is well-respected."
Eu continuo a preferir o jogo ao prémio. Por isso vou à bola no Bonfim. Para mim e para os meus consócios o prémio seria ir à final do Jamor e mais duas vitórias para assegurrar a manutenção.

segunda-feira, março 14, 2005

Acidente lamentável

Via Record:
" A colisão entre a carrinha que transportava os iniciados B do V. Setúbal e um veículo ligeiro, na manhã de ontem, perto de Sines, provocou a morte de Carlos Rosa (21 anos, e ex-atleta do Vasco da Gama de Sines) e ferimentos graves a Mauro Luz (19 anos, e júnior do mesmo clube) e a mais dois atletas. Luz viajou de helicóptero para ser operado no Hospital de São José. Entre os sadinos, apenas o treinador José Mendes, que era o motorista, e três jovens apresentaram ligeiras escoriações. De acordo com o capitão Leal, da Brigada de Trânsito da GNR, o técnico terá feito uma manobra "aparentemente incorrecta, que poderia originar a entrada em contramão".

Não deveriam estes veículos serem conduzidos por profissionais? Provavelmente, mais um sinal das restrições orçamentais de um pequeno grande clube, que tem de fazer deslocar as suas equipas dos vários escalões e modalidades.

À terceira foi de vez - parte II

Também contra o Vitória vimaranense, à terceira foi de vez. O "nosso" Vitória tinha ganho os dois anteriores jogos para a Taça (também por 3-1) e para o campeonato (1-0), no Bonfim.
Em Guimarães, o VFC entrou com uma defesa desfalcada do seu principal jogador, Hugo Alcântara e sem a ajuda preciosa do lesionado Veríssimo. Os seus substitutos não pareceram estar avisados do perigo que representa o "pistoleiro" e se numa ocasião pura e simplesmente não o marcaram, noutra deixaram que descesse pela direita e cruzasse sem que o defesa tentasse tirar-lhe a bola. Lá á frente, perdemos uma oportunidade de ficar à frente do marcador, quando o isolado Bruno Moraes não conseguiu fintar Palatsi e colocar-se em posição de rematar com sucesso. O Guimarães demonstrou estar mesmo em grande momento e aproveitou as fraquezas defensivas do VFC, para mais num jogo em que Silva parecia querer mostrar serviço. Azar o nosso...
Fico com a ideia que o Vitória depende de três ou quatro jogadores, da defesa ao ataque, e que faltando um deles não se encontra substituto à altura no banco. São condicionalismos do orçamento da equipa e com os quais temos de viver.

Nenhuma vitória

Desde que chegou ao Vitória, José Rachão ainda não ganhou nenhum jogo para o campeonato.
Para a semana defrontamos a equipa vermelha da Segunda Circular. Veremos se os jogadores ficam mais entusiasmados com o jogo e conseguem inverter a má série de resultados.
Caso contrário, mais duas ou três jornadas, lá terá o Vitória a corda da despromoção colocada no pescoço e, até à 34ª jornada, o sofoco indesejado.

sábado, março 12, 2005

Couceiro, segundo Quinito ou novo Inácio?

O ex-treinador sadino bem pode ser um segundo Quinito ou um novo Inácio*.
Se o seu clube perder os próximos dois jogos, o primeiro em Milão e o segundo em Alvalade, pouco mais fará nesta época, o agora apelidado imitador de Mourinho.
Merecia melhor sorte.
Nem sempre a fortuna (treinar o F.C.P.) é aliada da ventura (ganhar jogos).
* - Inácio ainda conquistou um título.

Banhos de quatro

Depois do banho de água gelada, apanhado na passada segunda-feira no Bonfim, ontem foi a vez do campeão nacional e europeu receber um banho tão ou mais gelado do que o dado pelo Braga ao Vitória. Os azuis e brancos perderam em casa por quatro bolas sem resposta. Talvez o ex-treinador sadino não esteja, ainda, talhado para o lugar das Antas.
Caro Miguel,
É um prazer partilhar um espaço comum. Divergentes em muitas áreas, não deixamos de compartilhar o verde e branco. Ou, como diria o outro (o ex-jogador e capitão do F.C. Porto), o nosso coração só tem uma cor: verde e branco.

sexta-feira, março 11, 2005

Vitória vs. Vitória

No domingo, o VFC vai visitar o VSC a Guimarães.
De regresso vão estar Jorginho, Bruno Moraes e Ricardo Chaves. Ausentes do nosso Vitória estarão Hugo Âlcantara (cumpre jogo de castigo, após ter visto 5º amarelo seguido) e Veríssimo, a recuperar do traumatismo craniano que sofreu.
A manutenção passa pelo D. Afonso Henriques - o estádio, claro. Espero que José Rachão e restante equipa tragam do Minho os três pontos que há muitas jornadas nos fogem.
Força Vitória!

quinta-feira, março 10, 2005

Re: Romaria

Olhe que não! Palpita-me que alguns hão de retornar ao Bonfim (ao estádio, não ao blog...) a custo zero. Já vi este filme antes...

Primeiro post

É com prazer que anúncio à blogosfera e ao mundo o início da minha colaboração no Bonfim. Pese embora não seja expectável uma participação assídua, motivada por outras obirgações bloguísticas, laborais e familiares (não necessariamente por esta ordem...), não pude recusar este convite. Pelo Vitória faz-se qualquer sacrifício excepto revelar o código do multibanco.

VIVA O VITÓRIA!

PS: Não esperem de mim grandes considerações técnico-tácticas. Nunca tive vocação para Gabriel Alves...

quarta-feira, março 09, 2005

O ADEPTO DO VITÓRIA

Manter uma paixão por um clube de futebol tem o seu quê de estranho. Há nestes afectos muita sinceridade, mas também algum oportunismo das emoções - forma de garantir um sucesso por intermédio de outrém. Estão nesta última categoria todos aqueles que se enfeitam com as cores de um clube somente pelas vitórias que este lhe possa emprestar. A coisa funciona enquanto as conquistas se forem acumulando. Haja um percalço, haja derrotas consecutivas e é vê-los em exibições boçais rasgando o cartão, invectivando os jogadores, acusando o treinador, colocando-se na confortável e despótica posição do acusador. Lá ficam amuados até que o perfume do sucesso os conquiste de novo, e aí serão os primeiros em elogíos aos jogadores, ao treinador, à direcção do clube - tudo gente boa, todos excelentes profissionais, um grande clube. O ciclo refaz-se em cada época vezes sem conta.
No Vitória, temos no nome a garantia da nossa honra. O adepto do Vitória de Setúbal não vive suspenso da glória. O adepto do Vitória de Setúbal é-o porque sim, não tem nas vitórias a única razão do seu apoio. O adepto do Vitória é maior no momento da derrota. O adepto do Vitória acredita sempre que no próximo jogo é que será. O adepto do Vitória ama o Setúbal. O adepto do Vitória de Setúbal tem uma paixão pelo seu clube sem necessitar de explicações, gosta e nesse gosto, nessa liberdade das emoções é grande, vence sempre, tem nos afectos o campeonato da sua vida.
O Vitória de Setúbal é grande na exacta medida dos seus adeptos.

Romaria

Está tudo a rumar para o Dragão. Será que ninguém fica? Só falta levar o Bonfim (o estádio, e mais um pouco o blogue).

Da cantera do Bonfim para Dragão

Via R.R.:
" guarda-redes do Vitória de Setúbal, Paulo Ribeiro, de 21 anos, vai ser reforço do Futebol Clube do Porto na próxima época.
O negócio avançado pela Renascença no dia seguinte à transferência de José Couceiro para o "Dragão", foi hoje confirmado pelo presidente sadino, Chumbita Nunes.
"O único jogador do Vitória de Setúbal comprometido com o Futebol Clube do Porto é o Paulo Ribeiro, o guarda-redes, de resto é preciso perceber que o Jorginho acaba contrato e o Sandro tem contrato com o Vitória", afirmou. Um milhão de euros, metade dos quais pagos no imediato, é quanto o FC Porto vai gastar no negócio aquisição de José Couceiro e Paulo Ribeiro."

Example

Reconhecimento

Passar para o topo dos links de blogs vitorianos do Treinador de Bancada é uma espécie de subida de escalão que muito honra este Bonfim, casa de vários vitorianos.
O link para as sempre excelentes escritas do "Spry" vai já para ali, na coluna da direita.
Obrigado!

terça-feira, março 08, 2005

Vitorioso

Example

Os dois setubalinos do Chelsea: Mourinho e Silvino festejam um golo contra o Barcelona. De lembrar que pelo Vitória passaram ainda Paulo Ferreira e Ricardo Carvalho.

Quem se segue?

Example
Depois do Barcelona quem se segue na Liga dos Campeões?

Comprar ou não comprar, eis a questão?!

Há tempos um colega disse-me: se o Mourinho ganhar o campeonato inglês o patrão do Chelsea oferece-lhe o Vitória. Fiquei atónito. Entre a fartura, de origem duvidosa, e a míngua, humilde mas recta, balancei, como ainda balanceio... só falta um malmequer, para decidir.
O senhor Abramovitch pode comprar o Vitória com os trocos que transporta diariamente no bolso.
Não sei se será o melhor para o Vitória, mas coloco algumas reticências à sua aquisição.
Porém, se o clube for controlado só pelo Mourinho, não me importo. Até porque, à imagem da sua filosofia, o Vitória poderá crescer, com personalidade, em vez de ascender como empresa em fulgurante no mercado.
Entretanto, o Leonel já prevê, como disse há dias, um Vitória-Benfica no Jamor.
Será que os bloguistas irão ao estádio de Oeiras em meados de Junho? Seria bom sinal. Farnelzito e depois uma boa jogatana no relvado do Jamor. Os axadrezados é que não são adversários fáceis de ultrapassar. Mas Taça é Taça!
Logo à noite, o Mourinho que se safe.
O campeonato inglês está próximo. Falta a aproximação à renovação do campeonato europeu, como treinador. Se hoje ganhar aos catalães fica mais perto.

SEGUIR EM FRENTE

Mal o calor dava os primeiros sinais, sabia-se que logo, logo, ecoaria por Setúbal o pregão, bem colocado e audível a centenas de metros de distância: «Ora já sabem que eu estou aqui!»
O ervilha era a personagem que nos trazia, na canícula, a redenção do frio. Ali estava empurrando o seu carrinho escondendo sabores gelados para encimar o cone de baunilha.
Não seriam os melhores, tão-pouco os mais refrescantes, mas eram os nossos gelados.
Assim é o Vitória de Setúbal, não será o melhor do mundo, tão-pouco aquele que dá mais alegrias aos seus adeptos, mas é o nosso.
Se ontem perdemos, é tempo de nos prepararmos para o próximo jogo, desenrolar a bandeira e gritar a plenos pulmões: «ora já sabem que eu estou aqui!»
Example

Este vitoriano vai liderar o Chelsea no jogo desta noite contra o Barcelona, para a Champions League (Sport TV, às 19.45H).
Ontem à noite, quando as coisas começaram a correr mal para o Vitória e começou a ficar claro as limitações do plantel do VFC, ouvi vários sócios esperançadamente discutirem a possibilidade da SAD do Vitória ser comprada por Abramovitch, como prémio para Mourinho.

Sorteio das meias-finais da Taça

O Vitória vai receber o Boavista no dia 20 de Abril, no jogo que decidirá um dos finalistas da Taça de Portugal desta época. A outra meia final será entre o Estrela da Amadora e o Benfica.
Um colega da "repartição" tinha previsto este sorteio, dando ao "sistema" (ele usou mesmo esta palavra) a capacidade de engenheirar o resultado. Qualquer coisa sobre bolas frias e bolas quentes...

À terceira foi de vez

Depois de termos ganho em Braga na primeira volta da Liga (2-3) e de na passada quarta-feira termos eliminado a equipa arsenalista da Taça de Portugal, a equipa de Jesulado Ferreira e Rui Águas conseguiu finalmente derrotar o Vitória.
Em abono da verdade, de forma inteiramente justa. Custou-me ver a forma como o Vitória jogou, sem a mínima organização atacante e a defesa com um esquema não rotinado de três centrais. A falta de Jorginho, Bruno Moraes e também de Ricardo Chaves na ajuda à defesa foram por demais evidentes. Evidente foi também a pobreza de qualidade do banco vitoriano, com jogadores como Puma, Pedro Oliveira (incapaz de segura a bola e fazer passes de qualidade) e os inconsequente Éder e Zé Rui a mostrarem não estarem à altura do desafio. Manuel José esforçou-se por levar a bola até Igor e Meyong mas só de uma das vezes o resultado foi positivo, com Igor a disputar o cabeceamento com um defesa bracarense que acabou por desviar a bola para dentro da baliza. Em conjunto com Bruno Ribeiro (muitas vezes se desmarcou mas ninguém se lhe endereçava o esférico) foram dos mais inconformados.
A entrada de Barroso no Braga foi bem feita, uma vez que na altura o Braga estava a jogar em contra-ataque e poderiam surgir faltas ao jeito seu pontapé-canhão. Infelizmente, Sandro, ao fazer falta junto à quina da grande área, deu-lhe uma oportunidade de mostrar a sua arte.
A primeira derrota do treinador José Rachão, mostrou que não se pode almejar a tanto quanto os adeptos quereriam, dadas as limitações do plantel.
Uma palavra final para Veríssimo que sofreu um traumatismo craniano ao embater contra a cabine do quarto árbitro. Lembro que há algumas épocas atrás, Fernando Mendes, num jogo fora, também sofreu uma grave lesão na cabeça ao embater contra um protecção metálica da pista que envolvia o relvado.

segunda-feira, março 07, 2005

Vingança gelada

A vingança serviu-se gelada.
1-4!
Reconheça-se o bom grupo de trabalho bracarense e a orientação excepcional de Jesualdo Ferreira.
Os arsenalistas estão a fazer um excelente campeonato. Estão no terceiro lugar
Quanto ao Vitória, só faltam, em princípio, 8 pontos para a manutenção.

Embate repetido

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Mais logo, no estádio do Bonfim, vamos ter bola. Chega ao fim a 24ª jornada com o embate entre o Vitória e o Braga.
A equipa vitoriana vai sofrer várias alterações dado o impedimento de Jorginho e Bruno Moraes (1 jogo de fora por acumulação de amarelos) e a provável não convocação de Ricardo Chaves, ainda a contas com a lesão no jogo para a Taça, também contra o Braga, e que vencemos por 3-2. De entrada estarão Igor, para o ataque, pedro Oliveira, como médio atacante e ainda Puma, com funções mais defensivas.
Tendo em conta o dia da Mulher que amanhã se comemora, o Vitória informa que as senhoras hoje não pagarão bilhete.

domingo, março 06, 2005

A lógica da bola

Couceiro deslocou-se a Penafiel duas vezes esta temporada. Na primeira vez venceu confortavelmente o Penafiel. O Vitória goleou os penafidelenses, na primeira jornada, por 4-1.
Agora, como técnico dos dragões, o ex-treinador sadino viu-se e desejou-se para ganhar no (estádio) 25 de Abril. 2-1, já nos descontos de tempo.
Uma vitória arrancada a ferros e, entretanto, o seu lugar, que aquece, é capaz de queimar boas reputações.
Oxalá Milão seja favorável a Couceiro.

sexta-feira, março 04, 2005

Próxima jornada

Para os vitorianos que não possam estar no nosso estádio, fica o aviso que o jogo da 24ª jornada, contra o Braga, será transmitido pela SporTV às 20.30H de segunda-feira, dia 7 de Março.
Para aumentar a dificuldade do jogo, não poderemos contar com o Jorginho nem com o Bruno Moraes, suspensos por terem visto o quinto amarelo.
Dado o frio da época, recomendo que se instalem confortavelmente no sofá, ponham o gorro e cachecol (bandeirinha opcional), sirvam-se de um moscatel roxo e, bom..., sofram mais hora e meia pelo nosso clube.

Memória

Leio no Terceiro Anel que faleceu, ontem, Rinus Michels, antigo seleccionador holandês.
Ainda me recordo da grande final europeia de 1988, entre Holanda e União Soviética, com a vitória dos neerlandeses por 2-0, orientados por Michels.
Quem não se lembra do golo de Van Basten ao, na época, melhor guardião do mundo, Renat Dasaev?
Desaparece um grande senhor do futebol europeu e mundial.

Iremos à final?

O estimado Leonel gostaria que a final da Taça fosse disputada entre o Vitória e o seu Benfica. E, gostava, antes disso, uma meia-final entre Vitória e Boavista, para os axadrezados serem eliminados.
Pelos vistos eu e o Leonel partilhamos o mesmo "apetite" pelo Estrela da Amadora na próxima eliminatória.
Iremos ao Jamor Leonel?
Primeiro a meia-final. Depois, logo se vê!

O que sofre quem não conhece o nome dos jogadores

O exercício da escrita dificilmente contorna a utilização da referencia a um músculo - orgão maior da materialização dessa coisa estranha que é a emoção. O coração, músculo capital, cujos humores nos orientam os dias, acaba por ser o ditador, o nosso ditador pessoal, que sente, por vezes, a necessidade de impor a sua presença e autoridade através de "esticões" forma outra de dizer: "tem lá atenção, ó rapaz, cuidadinho". Damos-lhe muito trabalho, é certo.
A verdade é que este músculo, este capitão das emoções, compreende a necessidade de horas extraordinárias, compreende a necessidade de esforço acrescido, de maior resistência nos momentos mágicos da bola.
Lá está a peleja, ao domingo, ouvida ao longe, pela rádio que por esses dias a imagem era rara e não dada às artes do ecrã.
O relator em relato, em corrida, as palavras disparadas, matraqueadas. As jogadas, os jogadores em sucessão, a bola que desaparece, o anúncio que surge "gaita, acabem lá com isso", a confusão, não conhecer os nomes dos jogadores, a jogada perigosa, o relator anunciando a iminência do golo, a bola dominada pelo artista "mas de que equipa, valha-nos Deus", o coração que dispara em ritmo demencial, o ouvinte desorientado, a tensão, o golo por fim, o grito do homem da rádio, a palavra "golo" solta pelas ondas hertzianas em fôlego interminavel, o ouvinte esgotado tem a respiração em suspenso, confuso, não sabe se feliz se em desespero, em segundos percebe a necessidade de conhecer os nomes dos jogadores do seu Vitória, o relator que esgota o ar dos pulmões numa sessão de palavras assobiadas, por fim a revelação: "Golo do vitória, caramba".
O ouvinte, já não em tensão, já desgastado, afaga o peito em jeitos de agradecimento cumplice com o músculo - esse irmão no sofrimento que lhe aguenta estas exigências tamanhas - estão os dois cansados, arrasados, mas felizes: ganhou o Vitória de Setúbal, chiça!

O Verão e o Vitória

A nossa memória cumpre a grata tarefa de preservar momentos que recordamos com gosto. Vem isto a propósito deste blogue e da catadupa de referências que a sua mera existência despertou. Nunca dei muita atenção ao futebol, mas percebo hoje quão importante o Vitória de Setúbal é para mim. Subitamente sou assaltado por lembranças várias.
Hoje, no regresso a casa, dei por mim, inexplicavelmente, a recordar os verões da minha infância, ali está Troia, ali está a praia da Galé, a atenção prestada a um grupo de homens que treina na areia molhada. O conjunto, disciplinado, cumpre as indicações do orientador fisico, prepara uma nova época, traz as cores do Vitória. Ao final da tarde darão corpo a mais uma sessão, agora no relvado do complexo turistico. Anda por ali sempre um miudo de panamá verde que julga ver naquela côr a homenagem ao seu clube. O registo das presenças inclui um outro homem. De cabelo branco, toma as suas notas, observa com atenção. O miúdo mira-o à distância, sabe quem é, conhece-lhe a escrita. O miúdo não é grande leitor do jornal desportivo, contudo, aguarda todos os sábados na expectativa da última página de 'A Bola' é a sua secção de eleição - 'Cautchú' - não perde as crónicas de Carlos Pinhão 'A duas colunas'. Nesses Verões sente fazer parte desse mundo, lê com gosto as estórias contadas por Pinhão, as mesmas que tinha visto acontecer nos treinos do seu Vitória de Setúbal, no calor doce das suas férias.

quinta-feira, março 03, 2005

Vitória além fronteiras

Quem pensa que o Vitória irradia a sua qualidade somente nos relvados nacionais engana-se.
Escreverei, eu assim o farei, sempre que um pupilo do Sado conseguir almejar o substantivo que dá nome ao clube do Sado.
Por isso, as glórias extra fronteiras lusitanas, com toque sadino, merecem ser comemoradas por aqui, no Bonfim. Ou seja, há um filho do Sado que está conquistar as terras de Sua Majestade e merece, pela qualidade profissional, realce no Bonfim.
Talvez ainda venhamos a comemorar a vitória de um campeonato que não é o nosso.
filhos que o Sado não pode esquecer, até porque o pai trabalha no Vitória, de corpo e Alma.

Seria bom...

... jogar a meia-final no Bonfim e encontrar o Estrela da Amadora.
Fica o desejo. Esperemos pelo sorteio!

A festa da Taça

Ontem, e como é hábito, fui acompanhado pelo meu irmão, que, à última hora, acelerou os seus deveres profissionais para me poder acompanhar. Ver a bola acompanhado dele tem outro interesse: é um período em que podemos estar juntos e pôr a conversa em dia.
Voltemos ao jogo. Quando entrei no estádio, as bancadas estavam mais despidas que o habitual mas algumas das caras de sempre estavam nos seus lugares. Atrás de nós, nas cabines das rádios vejo a cara do nosso antigo jogador Fernando Mendes, agora no papel de comentador. Espero que com um pouco mais de controlo sobre aquela raça que lhe era característica e que hoje em dia apenas vejo no Sá Pinto.
Que dizer da jogada do primeiro golo? Que é uma pena os golos serem atribuídos a quem empurra a bola e não possam ser partilhados por quem os constrói. O Jorginho é um jogador excepcional na maneira como trata a bola. O lento Meyong teve depois o seu momento: bem colocado e sem necessitar de correrias (para isso temos outros jogadores) rematou colocado e fez o segundo. A seguir o Vitória fez o que lhe tenho visto fazer, infelizmente, demasiadas vezes: recuou e defendeu-se. Isso pode ser fatal contra uma equipa com João Tomás e o excelente Wender que mais uma vez fez um golo bem desenhado. Os minutos finais foram de aflição com Bruno Moraes desnecessariamente a juntar a mão onde a cabeça era suficiente. No fim, Igor, ao que sei cedido pelo Braga, colocou o resultado final em 3-2 e o Bonfim explodiu.
Como diz a marcha: "Gritemos todos Vivó Vitória!".

Para começar

O Carlos teve a amabilidade de me convidar para co-escriba neste espaço. Confesso não o conhecer a ele nem ao outro vitoriano e co-blogger, LS, mas sei que todos teremos uma paixão em comum, que cada um expressará à sua maneira. A minha é a de um adepto que aprecia sobretudo ir ao Bonfim, sentar-me no meio de outros sócios cujas caras aprendi a reconhecer, mas que continuam sem nome. O que importa é que todos discutimos o andamento do jogo e trocamos ideias sobre o quão lento é determinado atacante ou como as saídas do guarda redes nos deixam angustiados, mesmo sem ser no momento do penalti. E mesmo quando o Vitória perde, quando há promessas de não mais lá voltar, todos sabemos estar a mentir. Quinze dias depois lá estamos, com a esperança renovada. Nem quando de tempos a tempos descemos de divisão, a assistência diminui. O Vitória continua a levar ao Bonfim famílias inteiras que se sentem em segurança entre os outros sócios e adeptos vitorianos. Uma tarde de bola no Bonfim é uma festa.
Viva o Vitória!

Busquemos a Taça

Quem tenha visto o jogo de ontem à noite e acompanhe o desempenho da equipa do Vitória terá, certamente, dificuldade em compreender a abissal diferença dos orçamentos entre as equipas da superliga. Sabendo que o Vitória tem à sua disposição 1,5 milhões de euro para toda a época e que os chamados 'grandes', como o FCP, 'nadam' numa confortável soma de 50 milhões de euro ficamos com a noção do que é o 'amor à camisola' e compreende-se melhor o entusiasmo dos adeptos do Setúbal.
Desde a vitória de ontem, a final começa a tornar-se mais próxima. Já a visitámos várias vezes, já trouxemos a taça nas épocas de 1964/65 e 1966/67.
Com pequeno orçamento mas ambições muitas, busquemos, pois, a taça!

Um Vitoriano doente

Em boa hora o Carlos cumpriu o desejo de criação deste blogue em homenagem ao nosso Vitória, em menos inspirado minuto convidou-me para participar nesta casa o que, lesto, me apressei a aceitar.
Confesso que sou apreciador de futebol, mas sou um profundo desconhecedor dos seus muitos enredos.
Sou o que se poderá considerar um Vitoriano atípico. Nasci em Setúbal, mas acabei por viver sempre fora da cidade do Sado, até que me fixei no Porto onde exerço a minha profissão no mundo dos Vinhos que lhe tomaram o nome.
Tentarei trazer aqui a visão de alguém que sabe pouco de futebol, mas nutre uma paixão extraordinária pelo seu Vitória. Tentarei trazer alguns escritos de alguém que nunca conheceu os nomes dos jogadores do seu clube, mas que preencheu todos os espaços livres das paredes do seu quarto de adolescente, com cromos dos artistas do Vitória. Tentarei trazer a emoção de alguém que frequenta pouco os estádios de futebol, mas tem a ingenuidade de assistir aos jogos do Vitória no meio dos adeptos do Porto em pleno estadio das Antas (ainda não fui ao Dragão).
Em suma, tentarei trazer o relato do bem que me sabe encontrar-me, por fim, no meio dos meus, depois de tantos anos puxando e sofrendo sózinho pelo Vitória - que me habituei a chamar o Setúbal, o meu Setúbal, o nosso.

Jamor mais perto

3-2 ao Braga e venha a meia-final!