Bonfim

Um blogue de vitorianos

sexta-feira, junho 30, 2006

Sexta-Feira Santa

Cabeças

A arte da cabeçada é, de facto, uma arte reservada aos melhores e aos mais carismáticos. Aproveito para mandar daqui um abraço para o Figo: pela cabeçada e pela «fita» que mandou para a rua o holandês com nome de terrorista.

Kinder

Depois de terem sido eliminadas as duas surpresas da prova - Gana e Austrália (esta de forma suja, pelos italianos) - resta-me declarar que, por hoje, sou alemão desde pequenino.

segunda-feira, junho 26, 2006

Figo não é Cristo

Example
"Jesus said we should turn the other cheek. Unfortunately, Figo is not Jesus Christ."
Scolari, sobre a cabeçada de Figo a Van Bommel (BBC).

domingo, junho 25, 2006

Não percebi...

Por que é que o Deco recebeu vermelho e também não entendi aquela mão do Costinha.
Enfim, para a História fica a vitória e a passagem aos quartos-de-final.
Não será fácil ganhar à Inglaterra, mas que há uma forte probabilidade de passar, lá isso há!

Jogos com interesse

O "mata-mata" tem a virtude de nos prender ao ecrã, mesmo que os jogos nem sejam os melhores.
Ver um Espanha-França nos oitavos-de-final, assim como a nossa selecção com a Holanda, são motivos mais do que suficientes para ver as partidas. As rivalidades justificam o visionamento dos 90 ou 120 minutos.
Para os quartos, já temos um Alemanha-Argentina.
Suspeito que teremos um Portugal-Inglaterra.

sábado, junho 24, 2006

A ascenção da Manschaft

Os primeiros trinta minutos do jogo Alemanha-Suécia, que despacharam a partida, mostraram uma selecção germânica em grande forma.
Sem grandes valors individuais, como noutros tempos, mas um grande conjunto.
Daqui a pouco, penso que serão as pessoas das pampas a festejar. A confirmar.

El Gordo não sabe jogar?

Depuração

Venho por este meio apelar ao apoio de todos para forçar a saída da prova de todas as equipas que, nas camisolas, tenham estrelas em cima do símbolo. Ou seja, de todas aquelas que já tenham ganho Mundiais.

sexta-feira, junho 23, 2006

O feito australiano

Caro João,
Uma vez mais Hiddink conseguiu vingar desportivamente. Conduzir a Austrália aos oitavos-de-final é um grande feito, sobretudo tendo eliminado selecções como a croata
Penso, no entanto, que não será nada fácil ultrapassar os italianos.

segunda-feira, junho 19, 2006

Acertar contas


Depois de ver alguns jogos escolhidos a dedo e de terminada a segunda jornada da fase de grupos, preparo-me agora para reservar algumas horas de «torcedor» para esta semana:

1) antes de mais, vou torcer pela passagem do Gana aos oitavos-de-final, para o que terá de ser sacrificada a selecção dos EUA - até porque me impressionou a capacidade do meio-campo ganês desde o primeiro jogo (apesar das dúvidas, já dissipadas, do Carlos); quem sabe, também os checos ganham o outro jogo e se esfuma rapidamente a Itália, meu odiozinho de estimação (antes que façam mais estragos);

2) depois, esperar que a Austrália ainda se possa qualificar para que eu não perca a razão de ter apostado neles como surpresa da prova; não só gosto muito do estilo de jogo e do estilo abertamente ofensivo (sofreram o segundo contra o Brasil por ter 3 defesas contra 5 avançados), como ainda espero que aquela federação me ofereça uma viagem a Sydney neste Verão;

3) que a França seja derrotada pelo Togo - afinal, a conta do Euro 2000 ainda está por pagar, e quem melhor que os simpáticos (e até talentosos) craques do Togo para carimbar em beleza o final de carreira de metade dos jogadores franceses?

A pequena bandeira

Bem me parecia ter visto uma bandeira israelita ontem no jogo do Gana, aquando do primeiro golo desta selecção frente aos checos.
Está tudo explicado.

Feitiçaria?



Parece que a desdita persegue os bleu desde 1998.
Nem à Coreia do Sul ganham!
Terá sido feitiçaria feita em Terras de Vera Cruz, por o Ronaldo não ter jogado em condições a final ganha pelos franceses?
Os gauleses estão a jogar mal nas fases finais do Mundial desde a conquista do título. Ainda não ganharam nenhum jogo. Por sinal, neste Mundial, o Ronaldo também está a jogar mal.

domingo, junho 18, 2006

A lógica do futebol já entrou em campo

A lógica do futebol, a que não existe, manifestou-se ontem. Quando se previa a passagem aos oitavos de final da Itália e da República Checa, eis que a passagem das duas equipas europeias não está garantida. Mais. À questão há dias formulada, por mim, obtive ontem a reposta: sim, o Gana joga à bola.
A França está a ganhar no final da primeira parte. Será que o enguiço se quebra ao fim de oito anos, sem ganhar numa fase final? (A última vitória gaulesa foi na final do Campeonato do Mundo de 98 frente ao Brasil).
Enfim, a satisfação nacional, com a turma das quinas a adquirir a passagem à fase seguinte, sem ficarmos até à última sem necessidade de fazer cálculos, deixa-nos tranquilos. Por enquanto. Pois já se equaciona argentinos ou holandeses na próxima fase.
Pelo que a maioria manifesta, prefere-se os jogadores vestidos de laranja. Mas, os homens das pampas também não nos assustam. Nem mesmo com o 6-0 que deram há dias.
Oxalá Angola passe!

quinta-feira, junho 15, 2006

Rescaldo da 1ª jornada

Da primeira jornada, só três selecções se destacaram pela positiva: Austrália, Espanha e República Checa.
Das duas jornadas que faltam, talvez as duas últimas sejam mais bem sucedidas que os oceânicos. Adversários mais acessíveis, sobretudo os dos espanhóis, podem mostrar selecções com vontade de ir mais longe do que o habitual.
Porém, continuo com a mesma leitura de nuestros hermanos. Se devem passar com facilidades a primeira fase, depois, não devem ir muito longe.

Nostalgia de Suker Vs. «O Mecânico do Inconformismo»



Da forma que eu agora apoio e acredito nas possibilidades da Austrália, durante muitos anos fiz o mesmo em relação à Croácia. Fi-lo, aliás, desde as primeiras competições internacionais em que a Croácia entrou. Tinha, de raiz, alguns dos melhores jogadores europeus e, portanto, havia esperança de ganhar alguma coisa. Mas uma razão era mais forte que as outras. Jogava lá aquele que era, para mim, (a par de Bergkamp) o melhor avançado europeu daquele tempo: Suker.

De facto, ao abandonar Suker o futebol, seguido de todos os outros grandes jogadores da geração que levou a Croácia ao terceiro lugar de 1998 em França, a Croácia perdeu todo o interesse, para além de deixar de jogar praticamente futebol. É então que há uma muito ténue tentativa de recuperar o poderio ofensivo: chama-se Prso à selecção. Confesso que o estilo pesadão e o cabelo à chulo (ou penteado à Versalhes, para quem é admirador desde sempre) sempre me afastaram do seu estrito lote de admiradores. O facto de ser o homem escolhido para preencher a camisola 9 da equipa também não ajudava. O tempo passou.

E depois veio o Brasil-Croácia em Junho de 2006. Quando vi uma equipa daquelas, com os melhores jogadores do mundo, com os melhores tecnicistas, deitada no chão a admirar as fintas em câmara lenta de Prso, fiquei convertido à causa. Prso correu, correu muito. Jogou e fez jogar. Só faltou aquilo que talvez lhe devia competir: remates e golos. A Croácia, muito graças ao exemplo deste avançado, esmagou o Brasil durante quase todo o jogo, muito embora tivesse sofrido um golo do outro mundo de um jogador do outro mundo. Não é mesmo um tipo de jogador, e um tipo de cabelo, que me convença, mas depois de uma época em que deixou pelo chão os defesas do Porto e os defeas do Brasil, começo a acreditar que há qualquer coisa nos pés daquele mecânico croata. Estou, uma vez mais, rendido à Croácia. Não é o futebol de Suker, Boban, Prosinecki e Jarni, mas lá que promete... promete.

segunda-feira, junho 12, 2006

O Gana joga à/a bola?

Ao ver a selecção do Gana jogar confrontei-me várias vezes com a questão: estará aquela equipa a jogar futebol?
As entradas feitas aos jogadores transalpinos nem no rugby se usam.
Os italianos, como sempre, eficazes. A defender e aniquilar o jogo. Dois golos, em momentos chave, no final de cada parte, arrumaram com os ganeses.
Não vi o jogo do final da tarde, mas pelo que percebi dos comentários, os checos estão em grande forma.

A certeza confirma-se

O João prognosticara o potencial australiano e hoje concretizou-se.
A Austrália, depois de estar a perder com o Japão, deu a volta ao jogo.
Revela-se como forte candidata a passar a primeira fase.

A laranja pouco mecânica

Já tinha visto o jogo de preparação da Holanda com a Austrália e de mecânica, esta laranja nada tem.
Ontem, só vi dois jogadores holandeses, dignos desta designação, em campo. O experiente Van der Sar e a promessa, e que jogo!, Robben.
A Costa do Marfim e, sobretudo, a Argentina não serão tão acessíveis como a Sérvia-Montenegro.

Sem o dínamo



Depois de ter passado os olhos pelo jogo da Inglaterra com o Paraguai, e de ter visto a certíssima opinião do Carlos ter eco nas pernas pouco convictas dos ingleses, perdi um pouco da crença na força e capacidade daquela equipa em chegar tão longe assim. Sem Rooney, é, como sempre nos súbditos da rainha, todo um mundo estático em campo. Por isso, e embora mantendo a minha crença no Brasil e no «novo Pelé», vou esperar, no entanto, por amanhã para vaticinar: «o Brasil será campeão». Goleando ou não, o hiper-favoritismo há-de ser por alguma razão.

Atingido o que importa: os três pontos

Depois de cinco minutos iniciais fulgurantes, ameaçando uma goleada, Portugal diminuiu a qualidade e Angola subiu de rendimento, tinha estado, até então, muito nervosa, nos minutos iniciais.
O jogo com os palancas teve ritmo na primeira parte e foi menos interessante na segunda. Excepto o remate final de Maniche. Seria um grande golo.
Fica o resultado final e os três pontos.
Aguarda-se melhor desempenho frente ao Irão e deseja-se uma boa prestação angolana. Exibiram em campo um bom futebol.
Pelo que vi, do Irão e do México, são selecções ao alcance da turma das quinas.
Este Mundial tem demonstrado, e os adeptos, de qualquer selecção, devem habituar-se ao que conta: as vitórias e os pontos conquistados, não os espectáculos. A Suécia que o diga, frente à ultra e bem organizada defesa de Trinidad e Tobago.
Até agora, só assisti a um bom jogo, a primeira parte do Argentina-Costa do Marfim. Dos restantes jogos até agora disputados, apenas um enorme bocejo.

sábado, junho 10, 2006

A possível surpresa australiana



Concordo com o que o João escreveu no texto abaixo deste. A Austrália pode ser uma surpresa.
Vi, na semana passada, um pouco do jogo de preparação da equipa dos cangurus com a Holanda e os oceânicos não se saíram nada mal.
Por outro lado, convém não esquecer, o seu treinador, Gus Hiddink, tem feito brilharetes nos dois últimos mundiais. Em 1998, conduziu a sua Holanda natal ao 4º lugar. Quatro anos depois, no Coreira/Japão, levou os sul-coreanos também ao 4º lugar. E, se dificilmente deverá repetir, pela terceira vez consecutiva o feito do 4º lugar, com a Austrália, tem condições para ir mais além da primeira fase.
Ainda pegando nos tópicos do texto do João, quanto ao Brasil já disse o que pensava mais abaixo, apesar de hiper-favoritos, continuo a pensar que o Mundial está mais ao jeito da Itália, os jogos se encarregarão de comprovar quem é o melhor. E, a Inglaterra, tal como Espanha, acrescento eu, são grandes favoritas, mas pouco produtivas nas fases finais do Mundial.
Dos jogos de ontem, só vi o jogo da Polónia e que desilusão. Não que a vitória do Equador não seja merecida, porque foi. Porém, os polacos só estiveram em campo nos últimos cinco minutos de jogo.
Venha o grande jogo do dia, logo, às 20 horas, Argentina - Costa do Marfim.

sexta-feira, junho 09, 2006

Três equipas

Todos esperam, e é justo que assim seja, que eu tome uma de duas posições: dizer que devemos apoiar a selecção «porque é a que temos e eles precisam do nosso apoio»; ou dizer que não gosto de Scolari e que espero que fiquemos pelos grupos como castigo ao senhor do bigode. Embora seja justo tomar uma daquelas posições, opto por uma terceira, ou seja, vou apoiar Portugal porque acho que dois ou três jogadores de ataque e um ou outro defesa que temos merecem um títulozinho e podem fazer a diferença. Não detesto Scolari e, embora o homem seja irritante (Agostinho de Oliveira que o diga) e insista de forma doentia de há quatro anos para cá nos três filhos pródigos Ricardo, Maniche e Pauleta (sendo que este último só marca golos onde ninguém o está a ver, i.e., Salamanca ou campeonato francês), fazendo a soma do que ele fez, até se pode dizer que construiu uma verdadeira equipa na selecção. Se esse teor de «clube» que existe na selecção é positivo ou negativo cabe a cada um reflectir, mas Portugal, decididamente, só poderá chegar à final com muita dose de sorte.

Por isso, destaco as três equipas que mais vão merecer a minha atenção neste Mundial: Brasil, Inglaterra e Austrália.
Começo pelo Brasil. Claramente o favorito ao título. Não só é o Brasil como é o Brasil de Roberto Carlos, Emerson, Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Adriano e por aí fora. Depois, temos a ausência da clássica pressão comercial sobre a mente frágil de um jogador de futebol: tendo um ataque com jogadores que já há algum tempo dão ares da sua graça no Milão, no Real Madrid, no Barcelona ou no Inter, é óbvio que ninguém está ali para se exibir aos senhores mais ricos (do nosso lado, temos a novela do pobre Simão). É, portanto, uma soma de excelentes individualidades, talvez das melhores.
Claro que também tem os seus contras. Senão vejamos: a única vez que o Brasil ganhou duas vezes seguidas a competição foi em 1958 e 1962, e nesse tempo a bola era de Garrincha - claro que se pode argumentar que Ronaldinho Gaúcho é bem capaz de estar ao nível de Pelé, mas quarenta anos não deixam de ser uma distância respeitável e supersticiosa. E depois, não têm rival à altura para o seu favoritismo, o que é uma pressão desmesurada. Ainda assim, partem isolados, na minha opinião, nesse favoritismo.

Depois vem a Inglaterra. Vítimas da síndrome do anglicanismo, sem dúvida, parecem nunca sair do medianismo nas competições internacionais. No entanto, 2006 traz uma equipa diferente. Nunca na minha curta vida vi a Inglaterra tão forte, com uma reunião sortuda de jogadores tão bons e em tão boa forma. Se Terry e Campbell (que talvez não seja o preferido) são pilares atrás, o meio-campo, ou melhor, o «meio do campo» é coberto pelos dois actuais melhores do mundo nessa mesma posição: Lampard e Gerrard. Na frente, é claro, os dois fenómenos Owen e, esperemos, Rooney são opções de peso. Se Portugal «desaparecer» nas primeiras eliminatórias, é sem dúvida este país aquele que apoio.

Por fim, a minha aposta para ser a surpresa desta edição do Mundial: a Austrália. Provavelmente a selecção mais subestimada das 32, a equipa australiana surge num grupo difícil e complexo (Brasil, Japão e Croácia) com uma equipa com grande potencial. Ironicamente, parece-me que o teste mais difícil é precisamente a qualificação, nesse grupo, para as eliminatórias seguintes. Passando-o, está a revelação confirmada, e em jogos decisivos de Mundial é possível ganhar a qualquer selecção. Pode nem passar do grupo, mas com Cahill, Kewell, Aloisi e Bresciano, é uma das selecções que, por ninguém esperar muito deles, podem bem apanhar os adversários desprevenidos. Só por isso, e pela simpatia de terem partido algumas pernas aos meninos-de-coro da Holanda, têm a minha atenção.

quinta-feira, junho 08, 2006

Angola não é favas contadas

Discordo desta leitura, até porque, se há encontro para Angola, dos três a realizar, onde o suplemento de esforço emocional funciona é, precisamente, contra Portugal.
No próximo domingo não há favas contadas. Oxalá me engane!
Continuo a considerar que o mais acessível é o México, pelo paradoxo evidente de ser, teoricamente, o adversário mais forte. O relaxamento é menor.

terça-feira, junho 06, 2006

A(s) força(s) de África

YekiniAs selecções africanas têm vindo a afirmar-se no futebol mundial. A primeira vez que uma equipa de África deu mais nas vistas foi em 1990, em Itália, com os Camarões, comandados em campo, pelo vetusto Milla, surpreenderam dois terços do mundo.
Mais tarde, em 1994, outra selecção, a Nigéria, surpreendeu, pela qualidade de futebol praticado.
Os vitorianos, mais sensíveis do que quaisquer outros adeptos portugueses, viram o Mundial dos Estados Unidos, no qual a selecção das quinas não esteve presente, com especial atenção. O craque, e goleador do Vitória, Yekini, brilhava no palco mundial do futebol e, de certo modo, enchia de orgulho os sadinos.
Quem não se lembra do golo que marcou e a força com que se agarrou às redes, conforme a fotografia deste texto mostra? (Salvo erro frente à Argentina.)
Pode considerar-se que os sadinos sempre tiveram um bom conhecimento do estilo do futebol africano. José Rui, actual seleccionador de Cabo Verde, foi durante vários anos, um bom defesa do Vitória. Sessay, internacional da Serra Leoa, um jogador do meio campo imprescindível nas equipas de Raúl Águas. E, naturalmente, o outro grande avançado, ao lado de Yekini, o moçambicano Chiquinho Conde. (Estou a esquecer-me de outros.)
Este ano, o Mundial tem muitas equipas africanas estreantes. De todas, penso que a Costa do Marfim é a melhor. Porém, o grupo é o mais difícil. Argentina, Jugoslávia (permitam-me recuperar a nomenclatura anterior) e Holanda não são peras doces. Devem ser dos melhores jogos. Da raça argentina à táctica jugoslava, da criatividade holandesa à força marfinense, ver e apreciar.
Quanto às outras selecções, apenas o prazer de ver Angola passar com Portugal, que duvido, e observar o jogo do meu pouco conhecido Togo. Pelo que é apresentado, a selecção só tem uma vedeta.
O Gana não vai ser adversário fácil para italianos, checos e norte-americanos.
A Tunísia é a outra selecção, que, por se situar a norte do Atlas, tem uma forma diferente de jogar dos subsarianos.
Penso que a Costa do Marfim pode ser a surpresa das equipas vindas de África. Não obstante o dificílimo grupo, pode exibir um futebol acima da média.

Hagi, Stoitchkov e Zidane

Em certa medida, esta França faz recordar, pelos valores e pela idade dos principais jogadores, as grandes equipas da Roménia e da Bulgária da década de 90. Aos Hagi, Stoitchkov e companhia, encontramos na turma gaulesa Zidane e compagons de route. Com a pequena, grande diferença, os jogadores gauleses já foram campeões do Mundo e da Europa.
Talvez os bleu cheguem longe. Até pelo calendário dos apurados para os oitavos e quartos-de-final.

A Manschaft debilitada

Com uma das equipas mais fracas das últimas décadas, os alemães não se apresentam como grandes candidatos ao título apesar de jogarem em casa.
O rigor germânico não deve ser desprezado, todavia não creio que a equipa de Klinsmann vá além de uns oitavos ou quartos-de-final.

Vitória Futebol Clube de Antuérpia

ROS:

O Vitória Futebol Clube de Antuérpia (Bélgica) é uma filial do Vitoria de Setúbal, que procura patrocinadores que queira ajudar esta equipa de emigrantes. O clube foi criado para toda a comunidade portuguesa da Bélgica mas está aberto a outras comunidades.
O VFC de Antuérpia tem três equipas de futebol e tenta fazer mais mas os seus dirigentes batem-se com sérias dificuldades.
Segundo Tito Duarte, presidente da Direcção do Vitória de Antuérpia, ?este ano ainda gostaríamos de começar com outras actividades para além do futebol dentro do clube pois temos várias
pessoas interessadas em ajudar nesse aspecto?.
Os professores de ?capoeira?, de ?ju-jitsu? têm sempre instruendos e a equipa de bilhar, que foi à final da Bélgica na época passada, tem também forte implantação no clube.
A Direcção do VFC de Antuérpia criou um site na Internet, que considera ainda em construção mas já está acessível em www.vcantwerpia.com.

VFCA

segunda-feira, junho 05, 2006

A muralha transalpina

Se ao Brasil falta uma defesa consistente, o mesmo não se pode dizer da Itália. Que tem uma selecção mais compacta do que os brasileiros, apesar de no meio campo faltar a qualidade do guardião ou dos defesas.
Não simpatizo com o futebol italiano, pelo excesso de táctica. Porém, no meu entender, os italianos perfilam-se como sérios candidatos. E nem precisam de dar muito nas vistas. Como o seu treinador, basta a descrição e a vitória nos jogos, para ir mais além.
Se o jogo com a República Checa, no grupo E, deve ser, pelo menos em teoria, o mais interessante, o jogo com o portentoso futebol africano, do Gana, deve ser um belo espectáculo.

domingo, junho 04, 2006

Não acredito na vitória final do Brasil

O Mundial está à porta e o Bonfim é um blogue, por ter a bola como tema central de escrita, merecedor de algumas linhas sobre o fenómeno que durante um mês vai captar a atenção de milhões de pessoas por esse mundo fora.
Fica o desafio aos restantes sadinos, e outros interessados, trocarmos, aqui, umas linhas de conversa sobre o mundial.

Para primeiro texto do Mundial, nada melhor do que escrever algo sobre o hiper favorito Brasil. Para já, apenas a referência às estatísticas.
Das 5 copas do Brasil, apenas uma uma foi ganha no Velho Continente (Suécia 1958).
Deixo já um prognóstico, mesmo depois de ter visto, parte do jogo, e do baile de bola que hoje deram aos neozelandeses, o Brasil não deve ser o próximo campeão do mundo.
Se a linha dianteira é de sonho, a defesa deixa muito a desejar.
Há sempre um lado fraco nos mais fortes. Uma equipa que não tenha boa defesa, compromete muito.