segunda-feira, janeiro 21, 2008
domingo, janeiro 13, 2008
sexta-feira, janeiro 11, 2008
Carvalhal e Edinho
Já agora, em relação a Edinho. Apesar das vagas críticas a Carlos Carvalhal que por aí aparecem, por não pôr o ponta-de-lança de início, eu acho que o homem tem feito um excelente trabalho na gestão do plantel. Edinho é um jogador que, quando entra mais tarde, com a tenacidade de quem se quer impôr e o fulgor de quem entra fresco num jogo esgotado de ideias, traz um perfume de futebol africano de inspiração brasileira (e toque de bola brasileiro) e de «dedicação ao golo» que encontra facilmente o seu espaço em campo. Edinho é uma lufada de ar fresco em todos os jogos do Vitória - entrar ao intervalo ou mesmo depois (em vez de alinhar de início com marcação cerrada) pode ser o golpe estratégico para ganhar um jogo. Apoio Carvalhal nisto.
Vitória 1970
Existe uma faceta que me irrita nos adeptos de Porto, Benfica ou Sporting. E essa faceta é a «simpatia» pelo Vitória. É a simpatia caridosa, dos coitadinhos. A simpatia do vulgar mortal para com o aleijado. Mas aos poucos isto vai desaparecendo. Contra um Sporting muito adormecido (vê-los com a bola nos pés dava mesmo sono, como se estivesse a ver o Lost Highway do Lynch), o Vitória mostrou que não é aquela equipa muito gira e muito «simpática» que ganha de vez em quando aos «grandes». É uma equipa que deve ser temida, que põe excelentes jogadores com uma boa técnica individual a jogar em equipa. Aliás, sem querer entrar em exageros, o Vitória que humilhou o Sporting parecia por vezes o Brasil do Mundial de 1970. Faltou-nos, talvez, um Pelé para concretizar mais. Um 3-0 não seria muito afastado da realidade.