Assaltar o campeão

Em Setúbal, prepara-se (sem grande azáfama nem grande exagero, felizmente) o jogo da final da Taça. O objectivo maior é óbvio: ganhar o jogo e levantar a Taça. Mas há um outro menos declarado: num momento em que se começa a querer incidir as luzes críticas da comunicação social sobre as novas «questiúnculas» financeiras do Vitória (embora este seja um assunto delicado e de grande angústia para os sócios e adeptos mais antigos), a vitória na Taça seria uma nova prova - em dois anos consecutivos, louve-se - de que a manutenção do clube na Superliga não é um mero acidente do acaso, como muitos vaticinaram durante este ano.

Assim, domingo será uma oportunidade essencial, enquanto único e último jogo do ano, para o Vitória mostrar que o esforço de muita gente para resolver os problemas do clube (financeiros, sobretudo) não foi apenas um gesto afectuoso mas um gesto de justiça para a importância que aquele tem no campeonato. Todos sabem que eu vejo como grandes jogadores a maioria dos elementos defensivos da equipa - Rubinho, Janício, Adalto -, mas continuo a acreditar que um último elemento é que faz a diferença nos momentos decisivos: o público vitoriano. Que assim seja.


Imagem via Planeta do Futebol