O resclado dos rescaldos

Nestes últimos dias surgiram os habituais rescaldos da jornada, transformados em rescaldos da época.
E que época que foi!
O final do ano passado e o ínicio deste, colocaram o nosso clube nas bocas e nos teclados de todos os comentadores desportivos deste país. Não houve portador de gravata (a)berrante e/ou gelatina a disfarçar a careca empoleirada no fatinho Sacoor, que não certificasse a certidão de óbito do VFC. Nem vou voltar atrás.
Vou é notar que esta semana, até sabermos o desfecho do jogo do Jamor (a propósito: já têm o bilhete?), ninguém se vai atrever a tratar como moribundo o clube do Bonfim. Depois, conforme o destino da Taça, lá iremos para a morgue ou seremos elevados ao cume dos intocáveis vencedores onde nada de mal pode ocorrer. É bom que não esqueçamos os compromissos financeiros que o Vitória precisa assegurar para conseguir a sua continuação como clube profissional e participante nas competições nacionais e internacionais. Não sei o que vai acontecer mas, durante mais uma semana, não me interessa.
Sei é que apesar de tantos funerais, de tantos abandonos do barco pelos que saem sempre primeiro que os outros, o Vitória conquistou um muito honroso 8º lugar na classificação, a presença na final da Taça e o direito a uma presença na UEFA. Nada mal para um moribundo.
Parabéns aos que ficaram e aos que vieram. Todos eles acreditaram. Tal como os sócios.
Vivó Vitória!