Janício

Este ano tem sido um ano de verdadeiros altos e baixos. Acabou-se a tendência para a fase ascendente seguida de uma inevitável fase descendente. Não, a época tem sido realmente desigual. Só assim se explica que o Vitória possa perder 5-0 com uma equipa bastante frágil ao mesmo tempo que vence alguns dos melhores plantéis.

No entanto, nem todos os jogadores tem grandes fatias da culpa colectiva dos desaires do ano. Se, por um lado, temos alguns bons jogadores (na sua maioria com enorme potencial e, por enquanto, pouco mais do que isso) que gostam de jogar bem apenas quando o vento sopra a seu favor ou quando dormiram generosamente, por outro, temos alguns jogadores subvalorizados que têm dado o seu melhor em quase todos os momentos da equipa. E Janício é um deles. Talvez o mais flagrante: de suplente do Torreense passou a titular indiscutível no Vitória, fazendo do trabalho e das circunstâncias favoráveis (nenhum defesa-direito à altura) as suas únicas armas para se apresentar ao treinador. Foi o que bastou para mostrar que tem muito mais valor do que parece. Um homem que aposta tudo na concentração defensiva, não gostando de prescindir do seu cantinho na defesa para aventuras estrondosas e exibicionistas no ataque.

Por estas e por outras tem sido um dos jogadores por quem tenho mais simpatia e mais confiança, mais não seja pela sua regularidade. E para quem ri muito só de ouvir o seu nome (um melífluo Janício, que poderia ser o nome de um avançado da Juventus), fique sabendo que é o único jogador do Vitória com lugar essencial na sua selecção.

Narrativa do movimento de um guarda-redes

De um lado Paulo Sérgio determinado a evitar que o jogo terminasse ali, do outro, Rubinho, que depois de ver as suas preces ouvidas sabia que tinha de pagar a factura pelos serviços prestados. Com uma postura fria e com uma querença e confiança inabaláveis, mirou olhos nos olhos o seu oponente, pensou: " Vou já acabar com isto" e voou para a defesa que o converteu no novo herói vitoriano, nos deu a todos o passaporte para o Jamor e permitiu que finalmente pudéssemos gritar, vibrar e saltar com lágrimas de alegria e felicidade, num momento único, inesquecível, de imensa satisfação.

-Spry, Treinador de Bancada

O nosso 12º jogador

Rubinho, para além de ter confirmado as minhas impressões positivas sobre a sua grande qualidade (longínquas é certo, do tempo em que jogava na selecção brasileira da rapaziada), mostrou ainda que é um dos mais seguros e mais serenos guarda-redes a jogar em Portugal, apenas comparável a Vítor Baía. Desde que chegou que eu augurei, numa empresa suicida, grandes feitos para este homem, e ainda bem que estava certo. E posso dizer o que alguém me pediu para dizer: foi a «prova provada». Mas há algo em Rubinho que me faz sentir agora mais seguro para a final da Taça: Rubinho tem uma cunha no Senhor. A verdade é que, quando o Vitória sofreu o golo na meia-final, perdi todas as esperanças. No entanto, estranhamente, pouco depois, as câmaras filmaram Rubinho de joelhos no chão, de mãos juntas a olhar para o céu e depois concentrando-se imenso numa oração, dizendo palavras que ninguém podia perceber, e nunca perceberemos de facto - o que faz o momento ainda mais especial. Mas dizia eu, quando vi Rubinho a rezar ao Senhor lá no alto, voltei a acreditar em algo que parecia impossível depois de um jogo tão fraco e tão mal arbitrado. Se Rubinho meteu a cunha, Auri recebeu a graça d'Ele. Que continuou nos penáltis.
Tudo isto me quer fazer parecer que, se Ele estiver acordado, vamos com mais um para Jamor.

Podem começar a ensaiar

Em Setúbal nasceu
Um clube pequenino
Que ficou bem na memória
E com os anos cresceu
Entranhado no destino
Com o nome de vitória
Agora já bem igual
Aos grandes de tradição
O Vitória faz das suas
Quer dentro de Portugal
Ou em qualquer outra nação
Perde uma não perde duas

Viv'ó Vitória cantemos todos bem alto
Viv'ó Vitória que põe tudo em sobressalto
Viv'ó Vitória equipa de tradição
Viv'ó Vitória clube do meu coração

Cantemos todos esta marcha de louvor
Cantemos todos seja lá onde for
Viv'ó Vitória que nos faz criar glória
Gritemos todos bem alto
Gritemos viv'ó Vitória

Obrigado Robinho!

O melhor jogador em campo da meia-final VFC/VSC.

A poucas horas

Faltam poucas horas, para o Jamor ser uma boa e apetecível repetição.
Deseja-se!

Voltar ao lugar cativo

Onze meses depois, o meu caro amigo Spry está de volta à blogosfera. Embora se diga enferrujado (e cito da fonte), a volta que o Vitória «deu por cima» trouxe-lhe alento para voltar a escrever no Treinador de Bancada, ao serviço da sua paixão pelo clube. Esperemos que com a mesma presença que tinha há quase um ano atrás. E com a prontidão de escrita sobre o Vitória e sobre futebol. Tanto em caso de vitórias como de derrotas.

Mai' nada!

"já só falta um jogo para ouvir de novo a Tuna Sadina cantar o Rio Azul no Jamor"

João de Deus, preparador físico do Vitória de Setúbal

Podia ser pior...

Via RSO:

Os sadinos voltam a jogar em casa na penúltima eliminatória da Taça de Portugal. O Guimarães é o adversário que vem a Setúbal, na quinta-feira, para medir forças com o emblema vitoriano. A outra meia-final será disputada entre o FC Porto e o Sporting, na quarta-feira.

Um ano depois, o Jamor outra vez

O tempo passa e nem damos por isso. Este blogue, que fez um ano há poucos dias, nasceu, na temporada passada por causa de um jogo da Taça de Portugal. Na altura o Vitória tinha eliminado o Braga e nós começámos a sonhar com o Jamor.
Um ano depois, com um campeonato praticamente igual ao da época anterior, excelente primeira volta, segunda volta irregular, mas com manutenção garantida, a Taça de Portugal continua a alimentar o nosso sonho, pois ainda estamos em prova.
Agora, nas meias-finais, venha quem vier, a malta, por aqui, já sonha outra vez com o Jamor, como o Luís refere no post abaixo deste.
O Vitória, apesar de todas as grandes dificuldades, continua a ser uma grande equipa.
CMC
P.S.- Uma palavra de apreço para o nosso companheiro de blogue, Luís Sequeira, que se afastou, espera-se temporariamente da blogosfera, e deve estar neste momento radiante com o Vitória, numa das belas margens da foz do Douro.

A Taça ainda é nossa!

Vitória 2 - Boavista 1

Será que é boa altura para começar a preparar as excursões ao Jamor?